FIBROMIALGIA
A (síndrome da fibromialgia) é uma das principais causas de dor crônica, podendo atingir cerca de 3% da população geral, principalmente mulheres (9 mulheres para 1 homem). A síndrome é caracterizada pela presença de dor difusa (em todo o corpo) por um período superior a três meses. Além da dor, há geralmente outros sintomas associados, como fadiga e alterações do sono (principalmente sono superficial, aquele que não descansa). Os distúrbios do humor (depressão e/ou ansiedade) também estão frequentemente associados à dor.
QUAIS AS CAUSAS DA FIBROMIALGIA? COMO É DIAGNOSTICADA?
As causas da fibromialgia estão relacionadas à chamada sensibilização central, onde o sistema nervoso central perde a capacidade de inibir os estímulos dolorosos e passa, ao contrário, a ampliar estas sensações dolorosas, levando à cronificação da dor. O diagnóstico da fibromialgia é eminentemente clínico, já que não existe nenhum exame complementar que confirme o mesmo. Deverão ser excluídas outras causas de dor e dos outros sintomas associados, especialmente doenças inflamatórias como as espondiloartrites, doenças neoplásicas, como as leucemias e endócrino-metabólicas, como os distúrbios da função tireoidiana e o diabetes. A fibromialgia também pode ocorrer em asssociação a doenças reumáticas inflamatórias como artrite reumatóide e espondilite anquilosante, o que piora a qualidade de vida dos pacientes e dificulta a avaliação da atividade da doença inflamatória pelo reumatologista, dificultando o tratamento.
QUAL O TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA?
No tratamento, é fundamental a realização de atividade física orientada e regular, com exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular. O tratamento medicamentoso inclui o uso de moduladores dos estímulos dolorosos como os antidepressivos tricíclicos e inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina, além de medidas para a melhoria do sono, associadas a psicoterapia de apoio. Também muito importante no tratamento é a relação de confiança entre o paciente e o seu médico, o qual orienta o tratamento e incentiva o paciente a assumir seu papel como principal agente no controle dos sintomas e na melhoria de sua qualidade de vida.