Essa é uma dúvida frequente entre portadores de doenças reumáticas. O medo de piora da dor faz com que a inatividade impere entre a maior parte dos pacientes. Entretanto, a atividade física deve sim fazer parte do tratamento, pois os benefícios à saúde são bem comprovados.
Em 2018, a Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR), divulgou recomendações para exercícios físicos a quem possui doenças como artrite reumatoide, espondiloartrite e osteoartrite, reforçando ainda mais a importância dos exercícios na manutenção ou melhora das aptidões físicas nesses pacientes.
O exercício físico tem um papel fundamental no tratamento das doenças reumáticas principalmente pela redução da perda de massa óssea, aumento de força muscular, estabilidade, equilíbrio, mobilidade, melhoria da qualidade de vida e prevenção de quedas. O treinamento regular também aumenta a produção de moléculas anti-inflamatórias (citocinas), que diminuem o processo inflamatório articular e sistêmico, e consequentemente, a dor, a fadiga e a rigidez. Há evidência, também, de que a prática de atividade física regular reduz a necessidade de medicamentos a longo prazo, como corticosteroides e anti-inflamatórios.
Além disso, já está estabelecido que os exercícios promovem melhora da saúde mental, reduzindo a ansiedade e a depressão, e a saúde cardiovascular, frequentes causas de morbidade nos pacientes reumáticos.
A frequência dos exercícios físicos é de três a cinco dias por semana, e podem ser combinados exercícios de força, aeróbicos e alongamento. O programa de exercícios deve ser individualizado, observando-se a doença de base, o objetivo específico e as limitações pessoais, e sempre orientado por profissional especializado.
Então, não fique aí parado! Converse com seu médico reumatologista sobre o assunto e dê o primeiro passo para uma vida em movimento!