Esclerose Sistêmica (ES)

Esclerose Sistêmica (ES)


Publicado em 24/06/2019 - Atualizado 25/06/2019Notícias

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ESCLEROSE SISTÊMICA (ES)

 

Esclerose sistêmica, mais conhecida como Esclerodermia, é uma doença autoimune crônica que afeta principalmente a pele, podendo afetar também muitos órgãos internos, como sistema digestivo, pulmões, coração e rins. A característica principal da doença é a formação de fibrose (tecido que forma as cicatrizes). Quando a fibrose acomete as extremidades dos membros (até cotovelos e joelhos) e a face, poupando o tronco e a raiz dos membros, diz-se que é uma ES em sua forma Cutânea Limitada .  Se a fibrose envolve também o tronco, a forma clínica é chamada de Forma Difusa. A causa da ES não é conhecida, porém sabe-se que há uma predisposição genética ligada a múltiplos genes e uma ação de fatores ambientais, que podem desencadear a expressão da doença. Alguns desses fatores são bem conhecidos, como a exposição à sílica (aspiração crônica de pó de pedra ou de vidro) e a manipulação de solventes orgânicos (benzina, thinner, etc.). Geralmente, o primeiro sintoma desta enfermidade é o chamado Fenômeno de Raynaud , que é uma anormalidade da circulação das extremidades (mãos, pés, nariz, orelhas), ao serem expostos ao frio ou a estresse emocional. As mãos, ou um ou mais dedos, principalmente, tornam-se bem pálidos,  em seguida arroxeados nas pontas e finalmente avermelhados, voltando ao normal após aquecimento ou cessação do estresse. Este sintoma pode estar presente por muito tempo (anos, até) antes de aparecerem outros sintomas, como dor e inchaço em dedos e articulações, principalmente das mãos, endurecimento e esticamento da pele (fibrose) , falta de ar, tosse, refluxo e dor de estômago, dificuldade para engolir, alterações intestinais, feridas dolorosas nas pontas dos dedos das mãos e pés e manchas pequenas vermelhas ou brancas na pele principalmente da face e das extremidades. Os exames irão mostrar alterações de acordo com os órgãos acometidos. No sangue, é característica a presença de autoanticorpos, representados pela positividade do exame do FAN (fator antinuclear) e, dependendo da forma clínica, outros autoanticorpos mais específicos para a doença, como o anti-topoisomerase I (anti-Scl70) e o anti-centrômero. Para investigar o Fenômeno de Raynaud, definindo o risco de que este seja o início de uma ES ou uma alteração circulatória benigna (pois em muitas pessoas normais, especialmente mulheres jovens, pode haver Fenômeno de Raynaud benigno, que nunca evolui para nenhuma doença), o exame indicado é a Capilaroscopia Periungueal. Este exame analisa com um microscópio os pequenos vasos sanguíneos capilares das cutículas dos dedos das mãos. O reumatologista é o médico com formação para estabelecer um diagnóstico correto e tratar todas as manifestações da ES. Como na grande maioria das doenças reumáticas, o diagnóstico precoce é a melhor arma para atingir o controle da atividade da doença e prevenir suas complicações. Por isso, na presença dos sintomas: alteração da coloração das mãos e/ou pés, nariz etc com o frio ou estresse; inchaço das mãos; dores articulares, alterações de endurecimento com manchas da pele, procure o médico, que irá encaminhar você ao reumatologista para avaliação especializada e tratamento adequado.

Dra Adriana Fontes Zimmermann

CRM SC 4120

 

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As doenças reumáticas têm maior sucesso no tratamento quanto mais cedo forem diagnosticadas. Para isso, é importante estar alerta aos fatores de risco e sintomas das principais doenças.

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