Fadiga nas doenças reumatológicas

Fadiga nas doenças reumatológicas

Revisado por: - CRM 25465 RQE 15712
Publicado em 08/04/2024Notícias

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Por Thauana Oliveira
CRM-SC 25465 | RQE 15712

– Recomendações do EULAR para o manejo dessa condição

A fadiga é uma das manifestações mais comuns dentre os pacientes com as doenças reumatológicas. Como reumatologista, eu vejo a fadiga como uma condição cujo manejo é extremamente desafiador, uma vez que inúmeros fatores biopsicossociais estão implicados em seu causa.

O EULAR, que é a sociedade europeia de Reumatologia, publicou alguns princípios gerais para o manejo da fadiga.

Os profissionais de saúde devem se lembrar de perguntar aos seus pacientes sobre a fadiga: só de saberem que o profissional se importa com essa questão, os pacientes podem se sentar menos isolados.

As decisões sobre o manejo da fadiga devem ser compartilhadas entre os professionais de saúde e o paciente e idealmente o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar formada por profissionais da saúde mental, fisioterapeutas e educadores físicos.

Deve-se tentar identificar quais são os fatores que possam estar contribuindo para a fadiga, como: estresse, atividade da doença, dor, distúrbio do sono, sedentarismo, alterações de humor e períodos de excesso de atividade física que alternam com a falta dela, são alguns exemplos.

Os pacientes devem ser encorajados a praticar atividade física, supervisionada sempre que possível, pois essa intervenção reduz os níveis de fadiga. A escolha da modalidade de exercício físico deve levar em consideração o nível de sedentarismo atual do paciente, o nível de atividade da doença e o dano articular que ela possa ter ocasionado, bem como as comorbidades e preferências do paciente.

Intervenções psicoeducacionais devem ser oferecidas aos pacientes.

Deve-se sempre avaliar se houve reativação do quadro inflamatório da doença em caso de fadiga, tanto por meio da avaliação clínica quanto através de exames laboratoriais e métodos de imagem que façam sentido para o caso.

Percebam que as recomendações oficiais do EULAR não são diferentes do que já falamos por aqui com frequência, particularmente sobre a importância da atividade física e da saúde mental.

Referência: Dures E, et al. 2023 EULAR recommendations for the management of fatigue in people with inflammatory rheumatic and musculoskeletal diseases. Ann Rheum Dis. 2023 Nov 22:ard-2023-224514.

Material revisado por:
- CRM 25465 RQE 15712

Doutoranda em Ciências da Saúde Aplicadas à Reumatologia na Universidade Federal de São Paulo (2017-atual) Membro da Comissão de Espondiloartrites da Sociedade Brasileira de Reumatologia (2017-atual) Mestrado em Ciências da Saúde Aplicadas à Reumatologia: Universidade Federal de São Paulo (2014-2016) Treinamento e calibração para leitura de Ressonância Nuclear Magnética de Articulações Sacroilíacas pela Universidade de Alberta – Canadá (2015) Título de Especialista em Reumatologia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (2014) Residência de Reumatologia: Universidade Federal de São Paulo (2012-2014) Residência de Clínica Médica: Universidade Federal de Minas Gerais (2010-2012) Graduação: Universidade Federal de Minas Gerais (2004-2009)

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