Mitos e verdades sobre a fibromialgia

Mitos e verdades sobre a fibromialgia

Revisado por: - Reumatologista - CRM SC 4120 Reumatologia e Medicina Interna RQE Reumatologia 4513 RQE Medicina Interna 6737
Publicado em 07/12/2018Desvendando mitos

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A fibromialgia é um distúrbio que tem como principais sintomas a dor constante no corpo, fadiga e alterações do sono. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a síndrome fibromiálgica afeta cerca de 5% da população, com destaque para mulheres na faixa dos 50 anos.

Por se tratar de uma síndrome pouco conhecida, não detectável em exames laboratoriais e de origem ainda repleta de hipóteses, a fibromialgia é rodeada de mitos e verdades.

Para promover um conhecimento maior sobre a fibromialgia, selecionamos 7 afirmações muito comuns sobre ela, lembrando que, para um diagnóstico e orientação mais adequados, é fundamental buscar a ajuda de um médico reumatologista. Confira!

O que é mito e verdade quando o assunto é fibromialgia

1) Não há exames complementares para confirmar o distúrbio

Verdade: O diagnóstico desta síndrome é somente clínico, ou seja, não há exames complementares que confirmem ou excluam a sua existência. Assim, não há nada melhor do que uma boa história e conversa entre o médico reumatologista e o paciente para evitar confundir os sintomas com outro tipo de doença.

2) A fibromialgia é um tipo de artrite

Mito: um dos grandes erros das pessoas é acharem que a fibromialgia é um tipo de artrite e, com isso, realizar o tratamento inadequado. A grande diferença entre eles é que a fibromialgia não causa nenhum tipo de inflamação ou dano aos músculos, tecidos, articulações ou órgãos, diferentemente de outra doença reumática. O que pode ocorrer, porém, é elas atuarem de forma associada.

3) Quem tem fibromialgia não pode praticar exercícios físicos

Mito: A atividade física é considerada uma grande aliada no tratamento da síndrome fibromiálgica visto que promove tanto o ganho de força muscular quanto o relaxamento corporal. Com isso, há o alívio das dores e de outros sintomas comuns da fibromialgia, como fadiga e dificuldade para dormir, promovendo um aumento no bem-estar em geral.

4) A alimentação pode auxiliar no tratamento da síndrome

Verdade: Muitos casos de fibromialgia têm ligação com a falta de serotonina no organismo. Assim, o consumo de alimentos que aumentam a sua produção, como carnes magras, peixe, mel e banana, pode levar à redução dos sintomas.

Junto disso, é fundamental acrescentar alimentos antioxidantes e os ricos em melatonina, que promovem uma redução do cortisol, hormônio do estresse, induzem o sono e promovem relaxamento.

5) A fibromialgia não tem cura

Verdade: Mesmo não sendo considerada uma doença e não avançar ao longo dos anos, a fibromialgia não tem cura. Ou seja, o tratamento é realizado para controlar os sintomas e proporcionar qualidade de vida para o paciente.

6) A fibromialgia pode levar à morte

Mito: A fibromialgia não leva à morte nem causa danos graves à pessoa, como a paralisação de membros ou deformidade, mas ela pode levar a problemas psicológicos e físicos, o que pode impactar diretamente na vida pessoal e profissional do paciente afetado.

Inclusive, é importante destacar que grande parte das pessoas com fibromialgia sofrem com algum tipo de distúrbio do humor, com destaque para a depressão.

7) Pessoas com fibromialgia têm que fazer terapia psicológica

Verdade: Como a síndrome pode afetar a vida social, profissional e emocional do paciente, a terapia psicológica costuma ser muito indicada para que se aprenda a lidar com a fibromialgia e seus desafios.

Além disso, sugere-se que a pessoa pratique algum tipo de técnica de relaxamento e respiração, pois isso costuma aliviar não somente a dor, mas o quadro de depressão e insônia.

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Material revisado por:
- Reumatologista - CRM SC 4120 Reumatologia e Medicina Interna RQE Reumatologia 4513 RQE Medicina Interna 6737

Graduação em Medicina pela UFSC - 1985 Residência em Medicina Interna pelo Hospital do Servidor Público Municipal de SP - 1987 Residência em Reumatologia pelo Hospital Heliópolis-INAMPS São Paulo - 1990 Mestre em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná -1997 Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal de Santa Catarina -2012 Titulo de Especialista pela SBR- 1995

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