As doenças reumáticas, popularmente chamadas de reumatismo, podem acometer homens e mulheres em qualquer idade. O diagnóstico precoce está diretamente vinculado à melhoria dos sintomas e impactos gerados na qualidade de vida do paciente.
Em média, 20% da população mundial adulta sofre com alguma dor crônica ou incapacitante nas articulações, sem saber qual é a causa-raiz. Pela falta de informação, muitos não procuram o médico especializado nisso e, consequentemente, não realizam o tratamento adequado.
Nesse artigo, abordaremos mais sobre a importância do diagnóstico precoce. Também listaremos alguns dos sintomas mais comuns das doenças reumáticas para facilitar o seu reconhecimento.
Por que é tão importante o diagnóstico precoce?
A Sociedade Brasileira de Reumatologia explica que a importância do diagnóstico precoce deve-se ao fato de que o reumatismo pode levar à incapacidade física. Para se ter uma ideia, a pessoa pode ter dificuldade de realizar tarefas rotineiras consideradas simples, como abrir e fechar uma torneira ou mesmo a porta de casa.
Além da qualidade de vida, as doenças reumáticas também geram grande impacto social, pois dificultam os trabalhadores de exercerem suas atividades. Um levantamento do Ministério da Previdência Social destacou que algumas doenças reumáticas estão entre as principais causas de afastamento do trabalho. Dentre elas, destacam-se:
- dorsalgias;
- osteoartrite;
- fibromialgia;
- bursites;
- tendinites;
- artrite reumatoide;
- osteoporose.
Outro motivo que reforça a importância do diagnóstico precoce é que os sintomas das doenças tendem a piorar conforme vão evoluindo. Isso ocorre porque muitas delas têm caráter degenerativo e afetam diretamente o sistema imunológico.
Assim, quanto mais demorar para iniciar o tratamento, mais difícil será controlar o seu avanço. Confira, a seguir, sinais para se atentar e considerar a busca da ajuda de um reumatologista
Principais sintomas das doenças reumáticas
Existem aproximadamente 120 doenças reumáticas e elas possuem particularidades em seus sintomas. Porém, a maioria delas tem em comum um fato: inicialmente, elas geram dor persistente e inchaço nas articulações. Esses sintomas limitam a realização de determinados movimentos.
Essa dor pode ser com a presença ou não de inflamação. Pode surgir em uma ou várias articulações e, ainda, comprometer o funcionamento de outra parte do corpo, como os órgãos dos sistemas:
- pele e mucosas;
- digestivo;
- nervoso;
- sanguíneo;
- cardiovascular.
As dores características das doenças reumáticas podem surgir como uma espécie de fisgada ou pontada ao realizar movimentos simples, como subir escadas.
Mas como diferenciar uma dor reumática de uma dor comum? A melhor forma é reconhecer se você já acorda com dor nas articulações e ela demora mais de 30 minutos para melhorar. Também note se, depois de um repouso prolongado, você tem uma rigidez e dificuldade para se mobilizar semelhante aquela ao seu despertar matinal.
Não ignore a dor
Para que seja possível realizar o diagnóstico precoce, o primeiro passo é jamais ignorar uma dor. Um dos erros mais comuns é a pessoa se automedicar por imaginar que se trata de algo passageiro e pontual.
Nesse cenário, os jovens são os grandes prejudicados. Isso porque muitos pais podem confundir as queixas com “manhas”, ignorando a existência da artrite idiopática juvenil
Outro exemplo é a artrite reumatoide, uma das doenças reumáticas mais comuns no Brasil, que causa grande morbidade e incapacidade entre grupos etários jovens. Quando a doença atinge graus sérios, pode reduzir a expectativa de vida emcerca de 10 anos.
É importante destacar que as doenças reumáticas estão sendo consideradas um problema de saúde pública no Brasil. Assim, a orientação do Ministério da Saúde é que procure imediatamente um especialista caso as dores nas articulações persistam por mais de seis semanas e venham acompanhadas de rigidez ou inchaço.
Acesse o nosso site e confira os médicos reumatologistas membros da Sociedade Catarinense de Reumatologia.